quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Questões de Tradução, Ética e Psicanálise

Paulo Oliveira, Maria Paula Frota, Maurício Cardozo


Bom pessoal, esta mesa é a continuação de outras que eu não assiti, então, vou tentar trazer alguns tópicos que me chamem a atenção para que possamos refletir.

Bom, cheguei atrazada para o início da mesma, quem inicia a mesa é o Maurício Cardozo (UFPR), que fez sua explanação lendo, dificultando assim uma reflexão mais tranquila. Ele traz alguns aspectos do outro no processo de tradução. Traz a filosofia e a ética como suporte de sua fala, cita um filósofo alemão (acho eu), que não estou identificando seu nome, foneticamente parece ser algo como Nanci (claro que não é isto, mas...). Segundo ele, podemos conhecer uma cultura pelo modo como ela valoriza a prática tradutória. Ausência do outro no processo de tradução seria uma violência por parte da palavra, quando ela não acontece. Ética da relação, é importante que se traduza sempre, o escândalo seria, deixar de traduzir.
Vou tentar conseguir o texto.

Paulo Oliveira (UNICAMP), o tema é complexo, vai centrar a questão em relação ao valor. Ressalta que o texto estará no site da UNICAMP
http://www.unicamp.br/~paulocel/ABRAPT/Conhecimento_e_Valor.pdf
Sendo assim pessoal, aproveitem para lerem o texto e façam suas reflexões.
Algo que Paulo falou e que achei muito legal é que a ética envolve um comprometimento individual. Deve-se pensar a ética em diferentes campos, ética para mim? para os outros? eu mostro a minha ética pelo meu agir (Wittigenstein)

Maria Paula Frota reflete a partir de todas as falas. Preocupação de escapar da lógica dicotômica (Derrida). Psicanálise e ET, continuando o que fez, mais ou menos, na sua tese. Atualmente também continuou a pesquisa em outro artigo. Traz Derrida como um autor da tradução (legal né?...vou pesquisar este material). Agora arrisca manter a conclusão de que nesta interface, há mais psicanalistas do que tradutores que escrevem sobre o assunto. Não falou sobre o ato tradutório, mas os efeitos dos ET nos trabalhos como docentes. Os Estudos da Tradução são multifacetados e multidisciplinares. Fidelidade e traição, desejo totalitário, frustante, paralisante, melancólico (psicanálise).Nos cobramos um conhecimento completo. Para escapar desta melancolia, assunção do real, traz uma paz, voltando a ação, convivendo com que é possível. Questão: Qual é o limite disto? Como trabalharmos todas estas teorias, eticamente, sem ficar no descolamento? Será possível estudar a tradução com a psicanálise sem que se tenha uma boa formação na área?

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